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Sistema antifraude: o que é e como funciona?

O cenário de fraudes no Brasil é preocupante e investir em mecanismos eficientes é fundamental para evitar prejuízos consideráveis. Entenda o que é sistema antifraude e como ele pode ajudar o seu negócio.

Com o avanço da digitalização e o alto compartilhamento de informações no ambiente online, as fraudes têm se tornado cada vez mais frequentes e sofisticadas. 

As consequências desses atos ilícitos podem ser devastadoras, afetando a reputação das empresas, causando prejuízos financeiros e comprometendo a confiança dos clientes. Por conta disso, é essencial que as empresas adotem medidas eficazes de prevenção para proteger e garantir a segurança nos processos. 

As soluções antifraude têm se tornado aliadas poderosas nesse contexto, já que são aplicações tecnológicas projetadas para identificar e mitigar os riscos gerados pelos fraudadores. 

Continue na leitura e entenda o que é e como funciona um sistema antifraude.

💡 Leia também: Sistema antifraude: o que é usado pelo mercado?

O cenário das fraudes no Brasil

De acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, os brasileiros sofreram mais de 284 mil tentativas de fraude de identidade só no primeiro mês deste ano de 2023.

Esses dados evidenciam um cenário preocupante, que comprova que a sofisticação dos fraudadores têm aumentado significativamente, adotando táticas cada vez mais complexas e engenhosas para cometer atos ilícitos com informações pessoais de terceiros. 

Diante disso, é importante adotar tecnologias como Machine Learning (ML) e Inteligência Artificial (IA) para fortalecer as estratégias de ciberseguança e prevenir golpes que podem acarretar prejuízos significativos tanto para as empresas quanto para os clientes. 

O que é sistema antifraude?

Um sistema antifraude é composto por um conjunto de tecnologias, ferramentas e aplicações implementadas em uma plataforma. Atualmente essa solução se mostra uma aliada indispensável para diferentes segmentos, como instituições financeiras, empresas de seguro, empresas de telefonia, comércio eletrônico e outros.

O seu principal objetivo é detectar e mitigar potenciais ameaças que podem comprometer a integridade das operações e dados empresariais, protegendo a jornada do cliente contra fraudes e garantindo um ambiente seguro para todos os envolvidos.

A tecnologia é o principal recurso utilizado na inteligência antifraude, alguns exemplos de ferramentas eficientes são: 

A combinação estratégica e assertiva dessas práticas permite a criação de um ecossistema seguro e resiliente, fortalecendo a proteção contra fraudes e reduzindo prejuízos financeiros, jurídicos e reputacionais que podem afetar um negócio. 

🔒 Confira: Anti-spoofing e liveness detection: entenda o que são e a sua importância

Como funciona um sistema antifraude?

Em geral, um sistema antifraude funciona através da aplicação de diferentes etapas e técnicas que visam identificar, prevenir e mitigar atividades fraudulentas. Embora os detalhes possam variar dependendo do contexto da empresa e das tecnologias utilizadas, um sistema estratégico possui 4 pilares essenciais. 

São eles: prevenção; detecção; remediação; e repressão. Saiba mais:

1. Prevenção

O primeiro pilar é o de prevenção e o objetivo principal é assegurar que as ações realizadas estão sendo feitas por um cliente legítimo. Para isso, são adotadas medidas para autenticar e validar a identidade do usuário, um exemplo de ferramenta eficaz é a biometria de voz.

2. Detecção 

O segundo pilar é a detecção de fraudes e envolve a identificação de comportamentos suspeitos ou atípicos. Isso pode ser feito por meio de análise de dados, uso de algoritmos avançados e monitoramento contínuo de atividades que emitem sinais de alerta em casos de transações incomuns ou padrões de uso anormais. 

3. Remediação

O terceiro pilar é a remediação e está diretamente relacionada aos casos em que uma fraude ocorre. Nesse cenário, é fundamental ter uma estratégia de remediação para minimizar os danos. 

Isso pode incluir a suspensão imediata da atividade suspeita, o contato com o cliente afetado para confirmar a ação, além de medidas para recuperar quaisquer perdas financeiras. 

4. Repressão

Por fim, o pilar da repressão trata de como a empresa irá responder caso a fraude for concretizada. Aqui são envolvidas ações legais, acionamento de autoridades competentes, investigações internas e externas, atualizações das políticas corporativas, ações de remediação com os clientes e outros procedimentos para evitar incidentes semelhantes no futuro. 

Ao considerar esses quatro pilares, uma inteligência antifraude sólida e abrangente é desenvolvida, abordando cada tipo de fraude dentro dessas categorias. Por exemplo, se a empresa estiver lidando com uma fraude de identidade, é necessário desenvolver uma estratégia abrangente que cubra prevenção, detecção, remediação e repressão. 

Inteligência antifraude na prática

Um grande desafio enfrentado por sistemas de segurança e profissionais de prevenção à fraude é identificar se uma pessoa é realmente quem diz ser e não um terceiro que obteve acesso a dados pessoais vazados de um usuário. 

Afinal, com a digitalização constante de ações cotidianas, os usuários são solicitados a compartilhar uma grande quantidade de informações sensíveis online, incluindo números de CPF, fotos, dados de cartões de crédito e muito mais. 

Além dessa facilidade de acesso, os fraudadores estão cada vez mais preparados e utilizam técnicas de engenharia social, phishing, account takeover e outros golpes baseados em novas tecnologias. Assim, o roubo de identidade torna-se uma preocupação significativa e requer abordagens eficazes para proteger os usuários e seus dados. 

Conheça três estratégias antifraude importantes para gerenciar riscos de segurança cibernética:

1. Autenticação de usuários

A autenticação desempenha um papel fundamental ao garantir a identificação precisa dos usuários, assegurando que sejam realmente quem afirmam ser. 

Essas medidas são aplicadas ao longo da jornada do usuário, exigindo o cadastro de informações ou características pessoais que possam ser posteriormente validadas. Geralmente registrados no onboarding dos clientes, os principais métodos de autenticação incluem: 

  • Características físicas: normalmente envolve o uso de tecnologias de reconhecimento biométrico, como a biometria de voz, por exemplo, que mapeia características únicas da voz de uma pessoa, garantindo a sua autenticidade ao realizar uma operação;
  • Posse: diz respeito à utilização de tokens, códigos PIN ou senhas aleatórias por meio de diferentes canais e plataformas. É o exemplo da autenticação multifator, que comprova que o usuário está em posse do dispositivo autorizado;
  • Conhecimento: o uso de senhas e perguntas de segurança é o método mais comum e também o menos seguro de autenticação. Muitas vezes as senhas e respostas cadastradas são fáceis de descobrir, portanto, o ideal é optar por técnicas passwordless

Você pode se aprofundar mais no assunto acessando o e-book abaixo.

2. Background Check (BGC)

O background check é uma estratégia que tem como objetivo identificar problemas legais, jurídicos, financeiros, comerciais ou até mesmo criminais que possam comprometer as operações da empresa. 

Esse processo visa a checagem de antecedentes em fontes de dados públicas e privadas para verificar a veracidade das informações fornecidas pelos usuários e também os potenciais riscos que eles podem gerar para a organização. 

Alguns pontos analisados no BGC são: 

Ademais, o background check viabiliza os 4Ks do compliance, que além de garantir a conformidade com a lei, também ajuda na prevenção de fraudes. São eles: 

3. Conscientização dos usuários

Por fim, nenhuma ferramenta ou tecnologia será realmente eficaz se a empresa não investir em uma cultura de conscientização dos usuários. Esse é um componente fundamental para fortalecer a segurança nas operações. 

Aqui estão alguns pontos a serem considerados:

  • Educar os clientes sobre boas práticas de segurança, como utilizar senhas fortes e únicas, evitar clicar em links suspeitos e outros;
  • Informar os usuários sobre as técnicas de engenharia social utilizadas pelos fraudadores, como o phishing, por exemplo;
  • Ensinar os usuários a reconhecer sinais de possíveis tentativas de fraude e mantê-los atualizados sobre as novas maneiras de ataques;
  • Comunicar de forma clara e acessível as informações sobre seguranças e tratamento de dados;
  • Fornecer canais de comunicação abertos para que os clientes possam relatar incidentes, dúvidas ou preocupações.

Como escolher o melhor sistema antifraude? 

Encontrar a melhor solução antifraude para a empresa exige levar em consideração alguns aspectos, como: 

  • Entender as necessidades da empresa: cada negócio possui os seus desafios em relação à prevenção de fraudes. É importante mapear quais são os principais riscos e vulnerabilidades da empresa e quais tipos de fraudes estão mais suscetíveis a acontecer. Isso ajudará na escolha assertiva do sistema;
  • Conhecer o histórico da empresa fornecedora do sistema: pesquisar sobre a reputação e experiência do provedor do sistema antifraude é importante para entender se possui um histórico sólido, clientes satisfeitos e se atua em conformidade com as leis vigentes;
  • Avaliar o custo-benefício: avaliar o custo-benefício em relação aos recursos e funcionalidades oferecidos pela solução é necessário para verificar se a empresa terá um bom retorno sobre o investimento;
  • Analisar a integração com outros sistemas: outro ponto é saber se o sistema antifraude pode ser integrado facilmente com os outros sistemas existentes na operação da empresa, como plataformas de CRM, por exemplo. A integração fluida garante uma estratégia eficaz;
  • Testar a solução: por fim, é importante testar a solução em um ambiente controlado para atestar que as funcionalidades e recursos trarão resultados concretos para o negócio. Uma forma de fazer isso é por meio da POC e POV.

Ao levar em consideração esses fatores e fazer uma avaliação cuidadosa das opções disponíveis, será mais fácil escolher o melhor sistema antifraude para atender às demandas específicas do negócio e gerar uma experiência segura e satisfatória para os clientes. 

Neste texto você entendeu o que é e como funciona um sistema antifraude, assim como, quais passos são necessários para escolher a melhor solução para o seu negócio. 

Se você gostou do conteúdo, aproveite para conferir o nosso infográfico sobre a jornada de prevenção à fraude e saiba como a biometria de voz pode garantir a segurança dos seus clientes.

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