O podcast Open Your Minds é um espaço patrocinado pela Minds Digital para promover conversas inovadoras sobre prevenção à fraude, inteligência artificial e experiência do cliente.

Para o episódio sobre como funciona a autenticação por voz, chamamos o Marcelo Peixoto, um cara apaixonado por inteligência artificial e por como ela pode ajudar empresas e pessoas a impactarem positivamente a sociedade.

Como CEO da Minds, ele sabe explicar melhor do que ninguém a tecnologia por trás da biometria de voz e em quais situações ela pode ser aplicada. 

A cada edição, convidamos nossos especialistas para tomar um cafezinho e bater um papo sobre os bastidores das nossas soluções antifraude. 

A seguir, leia os principais trechos da conversa ou escute o episódio completo:

O que é a autenticação por voz?

Marcelo, conta pra gente o que é exatamente autenticação por voz… Ela é a mesma coisa que biometria de voz?

Marcelo: Sim, é o mesmo processo para autenticar a sua identidade. A Minds está trazendo a biometria de voz para o mercado, [que é] um conceito bem novo. Então, queremos informar para o mercado que a sua voz é única, que ela é segura e traz uma experiência bem legal para o dia a dia. Você pode se autenticar usando a sua própria voz, enquanto você estiver no telefone.

E como é que funciona a autenticação por voz no dia a dia?

Marcelo: A biometria de voz pode ser aplicada no dia a dia e em vários tipos de situações. Você pode se autenticar usando a sua própria voz, por exemplo, ao solicitar uma conta digital (…) e até mesmo quando você entra em contato com qualquer empresa ou o seu banco, por exemplo, através do atendimento.

No momento que o atendente está falando com você, em poucos segundos a nossa inteligência artificial consegue escutar ali e entender todos os elementos de segurança da sua voz e te autenticar em tempo real, o que traz uma experiência bem legal para todos nós e para os clientes.

Mas, por exemplo, eu posso falar qualquer coisa ou eu devo falar uma senha?

Marcelo: Depende muito do processo que cada empresa quer implementar. A nossa inteligência artificial está preparada para qualquer tipo de processo, desde você falar frases pré-configuradas até mesmo ter uma fala livre, enquanto você está conversando com alguém no telefone ou no celular (…).

E essa autenticação é rápida ou é demorada?

Marcelo: Depende um pouco dos ambientes. Hoje, eu te falo que em até 4 segundos o nosso produto já consegue autenticar a sua voz, mas para isso a gente precisa escutar um pouquinho da sua voz, [por] cerca de 6 a 10 segundos, ou seja, esse processo todo pode levar uns 15 segundos para identificar a sua voz.

Mas o interessante da inteligência artificial é que ela aprende a cada dia com o que ela vai escutando a todo momento.

Então, a gente tem uma meta também de reduzir esse tempo em até 50%, ou seja, a gente pode conseguir fazer o processo todo em até 6 segundos para autenticar a sua voz, por qualquer tipo de relacionamento que você use aí com as empresas.

Autenticação com biometria de voz: quando acontece?

Falando em empresas, quais são os momentos em que uma empresa pode usar a biometria de voz para me autenticar?

Marcelo: As empresas podem aplicar a biometria de voz em todo o seu ecossistema, desde o processo de abertura de uma conta digital até uma solicitação de um serviço pelo próprio aplicativo, por exemplo, ou até entrando em contato com o call center.

A voz traz muita essa experiência, essa facilidade: você consegue através da sua própria voz falar alguns segundos e a plataforma já consegue autenticar você ao mesmo tempo, o que é bem legal. Já consegue reduzir o tempo no atendimento, também, em até 35%.

Consequentemente, a gente evita possíveis fraudes e tentativas de ataques de fraudadores se passando por você, que é o que a gente vê muito aí no mercado devido aos grandes vazamentos de dados.

Vantagens da autenticação por voz

Bom, eu entendi as vantagens da autenticação por voz (…). Mas existe um lado ruim nessa história? Por exemplo, a inteligência artificial é capaz de superar problemas na voz por causa de um resfriado ou até de ruídos no ambiente?

Marcelo: Eu gosto de falar que a inteligência artificial é igual ao nosso cérebro, ou seja, se a gente estiver em um lugar muito barulhento, a gente não vai conseguir ouvir e compreender muito bem o que a pessoa que está falando ao nosso lado. Então, o mesmo acontece com a inteligência artificial, ela precisa de um cenário com características favoráveis para que ela consiga escutar com clareza a sua voz e identificar todos os elementos de segurança para poder criar uma biometria confiável. 

Eu gosto de falar desses elementos de segurança, como que funciona isso? A biometria de voz, quando os algoritmos da inteligência artificial escutam um pouquinho o que você está falando, ela transforma a sua voz no que a gente chama de espectrograma. O espectrograma nada mais é que a identidade da sua voz, ele é uma imagem com vários pontos de segurança, que são as características únicas [da voz]. Por isso, trazem uma segurança bem legal para a sua voz e ela consegue comparar toda vez que você, por exemplo, entrar em contato com o atendimento do seu banco. Então, é um processo bem seguro, bem rápido e muito confiável. 

Em relação à questão dos ambientes, o interessante também é que mesmo ela [inteligência artificial] não escutando bem, ao mesmo tempo consegue identificar alguns pontos de segurança, não todos. O que acontece neste processo? A confiança do algoritmo cai um pouco, é o que a gente chama de acurácia. Te dando um exemplo: a gente está em um parque, eu e você conversando e tem muito ruído por trás; ela pode falar que a voz do Marcelo tem 80% de ser o Marcelo. Então, a confiança dela vai caindo um pouco, mas mesmo assim ela é capaz de identificar todos esses pontos de segurança que eu falei.