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Autenticação segura e possibilidades eficazes na prevenção à fraude

Existem diversos tipos de autenticação segura com o intuito de verificar a identidade de um usuário ou entidade, garantindo que somente pessoas autorizadas tenham acesso a determinados sistemas, dados ou recursos.

A prevenção à fraude é uma preocupação constante para empresas e usuários em um cenário cada vez mais digitalizado. 

Com o aumento de processos online e a sofisticação dos métodos utilizados por fraudadores, é fundamental adotar medidas eficazes para proteger informações confidenciais. 

Neste contexto, as tecnologias de autenticação segura têm se destacado como soluções promissoras para evitar ataques cibernéticos e os inúmeros prejuízos gerados por eles. 

Continue na leitura e entenda quais os tipos de autenticação segura, como a autenticação biométrica, e quais os seus benefícios. 

💡 Leia também: Sistema antifraude: o que é usado pelo mercado?

O que é autenticação segura?

Uma autenticação segura é um processo utilizado para verificar a identidade de um usuário ou entidade, a fim de garantir que somente pessoas autorizadas tenham acesso a determinados sistemas, dados ou recursos. 

Por volta da década de 1960, surgiram as primeiras formas de autenticação baseadas em senhas. Embora tenham ocorrido avanços desde então, principalmente após a criptografia de dados, as senhas ainda são as mais utilizadas em serviços. 

Esse método, no entanto, apresenta muitas vulnerabilidades, já que frequentemente os usuários optam por senhas fáceis ou repetidas, facilitando o ato de fraudadores que muitas vezes já possuem acesso a informações pessoais vazadas.

Assim, é fundamental adotar técnicas mais avançadas de autenticação para garantir a segurança adequada. A tendência passwordless é um exemplo de autenticação que está em alta e colabora para a prevenção de fraudes.

O que é a tendência passwordless?

Passwordless pode ser traduzido do inglês como “sem senhas” e diz respeito a autenticações que dispensam o uso de senhas, dando lugar a outros métodos. Essa técnica é bastante utilizada em contextos de cibersegurança, uma vez que senhas podem ser suscetíveis a ataques de phishing, vazamento de dados e outras possibilidades.

Nesse caso, para autenticar o acesso, o usuário utiliza algo que possui ou uma característica única. Por exemplo, pode ser o uso de chaves de segurança enviadas para um dispositivo móvel ou um recurso biométrico.

Além disso, existem também abordagens conhecidas como “semi” paswordless. É o caso da autenticação de dois fatores, em que é necessário digitar a senha como primeiro fator de autenticação e, em seguida, realizar uma segunda validação do acesso com códigos enviados por SMS, e-mail ou aplicativos específicos. 

Essa combinação visa uma autenticação segura, mesmo mantendo a presença da senha como um dos elementos.

💡 Confira: Passwordless: entenda a tendência do mundo sem senhas

Quais os tipos de autenticação? 

Existem diversos tipos de autenticação disponíveis no mercado, cada um com suas características e níveis de segurança. Conheça os mais comuns:

  • Autenticação por senha: em que os usuários fornecem uma senha para provar sua identidade. Como dito anteriormente, esse é o método mais utilizado nos dias atuais;
  • Autenticação de dois fatores – 2FA: em que o usuário precisa fornecer dois elementos para autenticação, geralmente uma combinação de senha e um segundo fator;
  • Autenticação multifator – MFA: semelhante ao 2FA, essa autenticação exige múltiplos fatores. Geralmente une a combinação de algo que o usuário sabe (senha), algo que o usuário possui (token) e algo que é inerente ao usuário (biometria);
  • Autenticação biométrica: nesses casos as características físicas e/ou comportamentais exclusivas do usuário são usadas para verificar sua identidade. Isso inclui impressões digitais, reconhecimento facial, reconhecimento de voz, escaneamento de retina e outros;
  • Certificados digitais: são usados principalmente na autenticação de servidores. Os certificados digitais são emitidos por autoridades certificadoras confiáveis e garantem a autenticidade e integridade das informações transmitidas;
  • Autenticação baseada em token: envolve o uso de dispositivos físicos, como tokens de segurança ou cartões inteligentes que geram códigos únicos;
  • Autenticação por aplicativo: quando um aplicativo instalado em um dispositivo móvel gera códigos temporários ou usa a identificação do dispositivo para autenticar o usuário;
  • Autenticação por chave pública e privada: utiliza um par de chaves criptográficas, uma pública e uma privada, para verificar a identidade do usuário;
  • Autenticação por geolocalização: usa como forma de autenticação a localização do usuário.

Cada tipo de autenticação possui vantagens e desvantagens. Assim, a escolha da mais adequada depende dos requisitos de segurança e das necessidades do sistema ou serviço oferecido pela empresa. 

Em muitos casos, a combinação de vários métodos de autenticação é utilizada para criar um sistema antifraude completo e seguro.

Quais as vantagens de uma autenticação segura? 

A autenticação segura baseada em tecnologias eficazes apresenta benefícios significativos para um negócio. Confira 3 deles:

1. Melhor experiência do usuário

Uma autenticação segura pode oferecer uma experiência do usuário mais agradável e conveniente. 

Ao eliminar a necessidade de senhas complexas, o usuário não precisa se lembrar de várias combinações e digitá-las repetidamente. Isso simplifica o processo de acesso e torna a interação com os sistemas mais rápida e fácil. 

Além disso, métodos modernos, como a autenticação por aplicativo ou a autenticação biométrica, por exemplo, proporcionam uma jornada intuitiva e natural. Essas tecnologias reduzem a fricção no momento da autenticação, resultando em maior satisfação e fidelidade por parte dos clientes. 

2. Mais segurança na jornada do usuário

A autenticação segura é fundamental para proteger os dados sensíveis dos usuários e impedir acessos não autorizados. As tecnologias avançadas utilizadas nessas ferramentas permitem a atuação preventiva em caso de suspeitas de fraude, oferecendo um ecossistema confiável. 

Por exemplo, as características únicas de um indivíduo, como impressões digitais, reconhecimento facial ou biometria de voz, são muito difíceis de serem falsificadas ou comprometidas. 

No caso de sistemas que utilizam a senha como fator primário de autenticação, métodos como 2FA ou MFA adicionam uma camada extra de proteção. 

3. Menos prejuízos financeiros

A implementação de soluções de autenticação segura colabora para um sistema eficaz de prevenção à fraude, evitando violações de segurança que podem levar a prejuízos financeiros, como multas regulatórias, processos judiciais, perda de clientes e danos de reputação à empresa. 

Ademais, ao investir em tecnologias robustas de proteção, as organizações demonstram comprometimento com os dados de seus clientes e parceiros, fortalecendo a confiança no ambiente digital. 

Essa confiança resulta em uma maior retenção de clientes, atração de novos clientes e até mesmo em parcerias estratégicas mais sólidas, impactando positivamente o desempenho financeiro do negócio.

Autenticação biométrica: o que é biometria?

A autenticação biométrica é um sistema que utiliza a biometria para autenticar a identidade de um indivíduo. 

O termo biometria vem do grego “bios” e “metro”, que significam, respectivamente, “vida” e “medida”. Assim, refere-se à “medida da vida” de um ser humano, ou seja, uma característica que representa a individualidade de uma pessoa. 

As características podem ser:

  • físicas: como a voz, o rosto, o DNA ou a digital;
  • ou comportamentais: como a forma de falar, a forma de escrever ou a forma de caminhar. 

Esses traços não podem ser copiados e nem reproduzidos, por isso, podem ser utilizados como “chaves” exclusivas de cada usuário. Segundo Nancy Yue Liu, especialista em IT Law, em seu livro “Bio-privacy: privacy regulations and the challenge of biometrics”, a categoria de biometrias físicas tem como base 5 propriedades desejáveis. São elas: 

  • robustez: características que sofrem pouca ou nenhuma variação ao longo do tempo;
  • distinção: características únicas e que distinguem as pessoas;
  • disponibilidade: características inerentes a todas ou uma grande quantidade de pessoas;
  • acessibilidade: características fáceis de serem registradas;
  • aceitabilidade: características que podem ser capturadas sem que sejam invasivas ou causem algum desconforto ao usuário.

Atualmente existem vários tipos de biometria e cada um deles pode ser adaptado em determinado contexto. 

Quais os tipos de biometria? 

Há diversas maneiras de utilizar a biometria como forma de autenticação segura. Entenda mais sobre cada uma das possibilidades disponíveis: 

  • Impressão digital: baseada na análise do padrão percebido nas pontas dos dedos do indivíduo;
  • Biometria facial: também chamada de reconhecimento facial, considera características do rosto de cada pessoa como fator de identificação;
  • Biometria comportamental: modalidade pautada na análise, verificação e comparação dos padrões de comportamento de alguém;
  • Biometria de voz: processo de identificação que leva em consideração o conjunto das características únicas produzidas durante a fala de uma pessoa.

Como essas características são difíceis de serem replicadas, a utilização da autenticação biométrica traz muitas vantagens para o setor de prevenção à fraude e a proteção dos dados pessoais. 

Entretanto, é importante lembrar de considerar a privacidade e segurança dos dados biométricos, garantindo que sejam armazenados e tratados de forma adequada, respeitando as regulamentações vigentes, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Biometria de voz como sistema antifraude

A autenticação por voz viabiliza um sistema antifraude promissor devido à sua capacidade de combinar características físicas e comportamentais. 

O formato da onda sonora, a maneira como as palavras são ditas e o ritmo da fala são algumas variáveis que definem a individualidade oral. Assim, a combinação de todos esses pontos colabora para que nem mesmo um excelente imitador seja capaz de repetir os padrões presentes na comunicação vocal de uma pessoa. 

A biometria de voz também possui mecanismos eficientes de anti-spoofing e liveness detection, garantindo que a solução seja aplicada com alta acurácia e credibilidade. Dessa maneira, até mesmo ataques advindos de outras tecnologias, como o deepfake, por exemplo, podem ser evitados com maior precisão. 

Por fim, sua implementação promove não somente maior proteção na jornada do cliente, mas uma experiência conveniente e com baixa fricção. Afinal, elimina a necessidade de senhas difíceis de lembrar, além de possuir uma usabilidade acessível, podendo ser utilizada em qualquer contexto e canal. 

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