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MFA ou Autenticação Multifator: o que é e como usá-la?

A MFA ou autenticação multifator tem como objetivo preservar a segurança das empresas e usuários ao fortalecer o sistema antifraude.

MFA, também conhecida como autenticação multifator, é uma medida de autenticação segura que utiliza diversos elementos para verificar a identidade de um usuário ao realizar determinada operação digital.

Em um mundo cada vez mais conectado, em que dados pessoais e outras informações valiosas estão presentes na internet, é essencial investir em mecanismos eficientes que fortaleçam o ecossistema de cibersegurança das empresas, garantindo a sua proteção e a de seus clientes. 

Neste texto você entenderá mais sobre a MFA, como funciona e por qual motivo ela pode ser considerada uma tecnologia importante em sistemas antifraude, que tem como objetivo evitar fraudes e os prejuízos gerados por elas. 

💡 Leia mais: Processo de onboarding: como obter uma autenticação segura?

O que é MFA ou autenticação multifator?

Multi-Factor Authentication (MFA), ou autenticação multifator, em sua tradução para o português, é uma metodologia de verificação de identidade que tem como objetivo aumentar a segurança digital, ao analisar dois ou mais fatores de autenticação.

Essa validação de credenciais normalmente é composta por etapas que solicitam informações específicas de quem está acessando a conta, garantindo que o usuário é quem afirma ser. 

Apesar de se assemelhar com a autenticação de dois fatores (também conhecida como 2FA), a autenticação multifator é uma tecnologia que propõe ainda mais segurança, já que a sua ideia principal exige que um indivíduo mal-intencionado comprometa pelo menos duas credenciais diferentes para obter acesso não autorizado. 

Por exemplo, mesmo que um fraudador descubra a senha de um usuário, ainda seria necessário ter acesso a outro fator, como um dispositivo físico ou outro, para concluir a autenticação. 

Devido aos seus benefícios, muitos serviços online e provedores, como bancos, redes sociais e aplicativos de compras, utilizam a MFA como uma camada adicional de segurança para proteger as informações dos usuários, diminuindo os riscos de ataques cibernéticos e a invasão de contas

💡 Confira: Sistema antifraude: o que é usado pelo mercado?

Como funciona a MFA?

Como o próprio nome sugere, a autenticação multifator solicita diferentes tipos de fatores para que o usuário confirme a sua identidade antes de acessar um serviço ou produto. Dessa forma, vai além da necessidade de informar um e-mail de login e senha, que são dados fáceis de serem descobertos e comprometidos. 

Em geral, o processo de MFA acontece da seguinte forma: 

  1. No momento do cadastro, o usuário digita um e-mail ou nome de usuário e uma senha para acessar a conta;
  2. Em seguida, um segundo fator de autenticação é solicitado, podendo ser um recurso biométrico, um código de acesso único ou um PIN;
  3. Estas informações são armazenadas e, quando necessário, são raquisitadas novamente para autenticar a identidade do usuário.

A implementação do método MFA pode ser adaptada de acordo com as necessidades e tecnologias disponíveis. Um exemplo é a autenticação adaptativa, que ajusta os fatores de autenticação com base na situação e contexto, aumentando a segurança e as exigências à medida que o risco de violação varia. 

Dessa forma, a autenticação multifator pode ser personalizada para atender às demandas específicas de segurança, mantendo um equilíbrio entre a proteção efetiva e a experiência do usuário. 

Quais as 3 categorias da MFA?

Geralmente, os fatores de autenticação multifator se enquadram em três categorias: conhecimento, posse e inerência. 

Conhecimento ou algo que você conhece

Esta categoria envolve fatores de autenticação baseados em informações que apenas o usuário conhece. Os exemplos mais comuns são o nome de usuário e senha, mas também podem incluir perguntas pessoais de segurança, como o nome de solteira da mãe, o nome do primeiro animal de estimação ou outro detalhe específico. 

Podemos considerar este o tipo menos seguro de garantia, já que essas informações são fáceis de serem conseguidas a partir de tentativas, investigações ou até mesmo dados vazados.

Posse ou algo que você possui

A categoria da posse diz respeito aos fatores de autenticação que estão relacionados a algo físico que o usuário possui e que possa comprovar a sua identidade. Por exemplo, uma senha temporária gerada por um aplicativo instalado no celular, um token de segurança, um cartão inteligente ou qualquer outro objeto que seja utilizado como prova de posse. 

É importante ter em mente que esses insumos podem ser perdidos ou roubados, portanto, também oferecem uma garantia média, estando vulneráveis a possíveis ataques e ações fraudulentas.

Inerência ou quem você é

Por fim, a inerência refere-se a fatores de autenticação baseados em características físicas ou comportamentais exclusivas do usuário. 

Essa categoria possui o maior nível de segurança, já que analisa recursos únicos, exclusivos e inerentes de cada indivíduo que são difíceis de serem falsificados. Geralmente ela envolve tecnologias biométricas, como a biometria de voz, por exemplo. 

Quais tipos de autenticação podem ser implementadas na MFA?

A autenticação multifator pode ser implementada através de diversas tecnologias e métodos, com o intuito de aumentar a segurança e proteger as contas dos usuários contra acessos não autorizados. 

Algumas das principais tecnologias utilizadas na MFA são:

Biometria

A biometria é um fator de autenticação de inerência, ou seja, utiliza características físicas ou comportamentais exclusivas do usuário para verificar a sua identidade. Isso pode incluir impressões digitais, reconhecimento facial, escaneamento de retina e biometria de voz. 

Essa tecnologia tem sido bastante utilizada em serviços online, já que combina um maior nível de segurança com uma experiência de usuário mais fluida e de pouca fricção. Afinal, ela é difícil de ser reproduzida e a sua verificação é baseada em inteligência artificial com alto nível de confiança e agilidade.

💡 Saiba mais sobre esse tipo de MFA e as suas aplicações no artigo: Biometria: o que é e quais os principais tipos?

Soft tokens

Os soft tokens são autenticadores baseados em software, que adicionam uma camada de segurança ao sistema de autenticação. Em resumo, esse processo é feito por meio de links ou códigos de autenticação, como PINs temporários e descartáveis, gerados em aplicativos instalados no dispositivo móvel ou enviados por mensagem.

Geralmente, esses códigos são usados como uma segunda validação, após a inserção da senha. 

A sua vantagem é o fato de fornecer segurança sem sobrecarregar o usuário com informações necessárias de serem lembradas. Em contrapartida, depende de dispositivos físicos para funcionar, o que pode gerar problemas em casos de perdas e roubos.

Mensagem de texto

A autenticação por mensagem de texto consiste em enviar códigos de verificação ao dispositivo móvel. Embora seja uma opção comum, por sua facilidade e baixo custo, esse não é considerado o método mais seguro para preservar a segurança digital. 

Segundo um artigo publicado por Alex Weinert, da Divisão de Identidade Segurança e Proteção da Microsoft, as mensagens de texto podem ser facilmente interceptadas e não oferecem nenhum tipo de proteção extra, como a criptografia, por exemplo.

Notificação push

A notificação push fornece um código diretamente para a tela do dispositivo móvel do usuário, que foi previamente associado à conta. 

Essa é uma forma rápida e conveniente de autenticação, já que facilita a ação do usuário. No entanto, é importante considerar as suas desvantagens, pois se o dispositivo for comprometido, o acesso indevido também é facilitado.

Autenticação por dispositivo autorizado

É comum que a autenticação por dispositivo autorizado seja combinada com outros fatores, como a mensagem de texto ou a notificação push, já que é necessário acesso a um código único para cadastrar o dispositivo físico. 

Com essa informação registrada, o sistema pode identificar comportamentos suspeitos, verificando se o acesso está sendo feito em um dispositivo autorizado ou se há uma invasão de conta em andamento. 

Essa análise é bastante comum em acesso de mobile banking.

Tokens de hardware

Os tokens de hardware são dispositivos físicos, como cartões inteligentes ou chaves de segurança, que, previamente programados, geram códigos de autenticação que mudam regularmente. 

Assim como os dispositivos móveis, essa ferramenta também está suscetível a roubos e, consequentemente, a viabilizar acessos indevidos. 

Perguntas de segurança

A autenticação baseada em perguntas de segurança é um fator de conhecimento, onde os usuários respondem determinadas questões como medida de verificação de identidade. Essas perguntas dizem respeito a informações pessoais e são frequentemente usadas em processos de redefinição de senhas.

Esse método também não está livre de ameaças, visto que com uma pesquisa profunda do histórico do usuário é possível descobrir informações desse tipo.

Senhas

Apesar de comum, o uso exclusivo de senhas é considerado o menos seguro, já que grande parte das invasões de contas acontecem devido ao vazamento de dados de login. 

Atualmente, está cada vez mais comum a aplicação de golpes, como phishing ou tailgating, e diversas vezes os próprios usuários colaboram com esse cenário ao utilizarem chaves muito óbvias ou repetidas.

Diante disso, a abordagem “passwordless” está ganhando popularidade, eliminando a necessidade de senhas e adotando outras formas mais seguras de autenticação. 

Entenda mais sobre essa tendência acessando o e-book abaixo:

FIDO ou autenticação assinada

Finalmente, a autenticação assinada, criada pela Aliança FIDO (Fast IDentity Online), Universal 2nd Factor (U2F e FIDO2), é um padrão avançado de autenticação que visa reduzir a dependência de senhas. 

O principal objetivo dessa tecnologia é viabilizar uma experiência mais fluida e melhorar a segurança dos usuários, pois a chave definida não pode ser rastreada. Ela permite que um mesmo recurso, como impressão digital ou um PIN único, seja utilizado em diferentes dispositivos e serviços.

Quais os benefícios de utilizar a MFA?

A utilização da autenticação multifator é cada vez mais essencial para proteger empresas e usuários contra os crescentes riscos de fraudes, vazamentos de dados e ataques cibernéticos. 

Essa abordagem oferece camadas adicionais de tecnologias, que colaboram para a proteção no processo de autenticação, exigindo que os usuários forneçam dois ou mais fatores de verificação para confirmar suas identidades. 

As vantagens do uso da MFA são diversas e cruciais para enfrentar os desafios de segurança da era digital. Algumas delas incluem:

  • Proteção de dados e conformidade: com a implementação da MFA, as empresas podem reforçar a proteção de dados sensíveis e garantir maior conformidade com regulamentações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e outras legislações relacionadas à privacidade e segurança. Isso ajuda a evitar prejuízos financeiros e a preservar a reputação da empresa;
  • Redução de riscos: a autenticação multifator reduz significativamente os riscos de invasões e ataques cibernéticos. Mesmo que um invasor obtenha uma senha, ainda será necessário enfrentar outros obstáculos, o que torna a tarefa muito mais difícil;
  • Confiança do usuário: ao implementar a MFA, as empresas demonstram um compromisso com a segurança dos dados e a proteção dos usuários, aumentando a confiança e retenção de clientes;
  • Personalização e adaptabilidade: a MFA é uma solução flexível, permitindo que as empresas personalizem suas configurações de acordo com a jornada do usuário e as necessidades de segurança.

Em resumo, a autenticação multifator é uma ferramenta poderosa e versátil para melhorar a segurança no ambiente digital, protegendo informações sensíveis e mitigando os riscos de violações. 

MFA e biometria de voz

Como apresentado, existem diversas tecnologias de autenticação e o uso de cada uma delas vai depender do contexto e necessidades da empresa. A biometria de voz pode ser uma excelente aliada nesse processo, já que oferece um reforço poderoso para a segurança dos sistemas e dados. 

Por meio da análise de características únicas da voz de um indivíduo, como frequência, entonação e padrões de fala, a autenticação por voz utiliza técnicas de inteligência artificial e machine learning para identificar comportamentos suspeitos e prevenir fraudes de identidade. 

Quando combinada com outros fatores de identificação da MFA, essa estratégia permite uma autenticação rápida e eficaz, podendo ser incluída em qualquer fase da jornada dos clientes com mínima fricção. É o equilíbrio perfeito entre segurança e usabilidade.

💡 Entenda o que é e como funciona a biometria de voz

Neste texto abordamos o que é a autenticação multifator, ou MFA, e qual a importância desse conjunto de estratégias para a segurança das empresas e seus usuários. 

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