Você provavelmente já ouviu falar em identidade digital, mas você sabe do que se trata esse conceito? Apesar de parecer complexo, não tem mistério: é basicamente o armazenamento das atividades realizadas por uma pessoa no mundo virtual, que tem como finalidade identificar e comprovar a sua existência.
Mas, não se engane! É bastante comum que exista confusão entre os conceitos de identidade digital e DNI, o Documento Nacional de Identificação. Por isso, abaixo vamos falar sobre essas principais diferenças e, em complemento, apresentar dicas de como se proteger de fraudes digitais, uma tendência cada vez mais comum nos dias de hoje. Confira!
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O que é identidade digital?
Afinal, o que é identidade digital? De forma bem simples, essa tecnologia consiste na formação de uma identidade online baseada nas informações compartilhadas por um usuário na internet. Em outras palavras, é qualquer dado existente no mundo digital que pode ser relacionado a alguém.
Nessa identidade, estão fotos publicadas nas redes sociais, informações cadastrais e pessoais, históricos de buscas, geolocalizações, comentários e muito mais. Ou seja, é a ideia de que tudo o que uma pessoa faz no ambiente online deixa rastros, e esses rastros podem ser utilizados para identificá-la.
Uma maneira fácil de entender a identidade digital é pesquisando o seu próprio nome no Google, por exemplo. Com apenas alguns cliques, você pode encontrar as mais diversas informações, recentes, antigas e até mesmo as que você nem sabia que estavam ali.
Identidade digital é o mesmo que o DNI?
Ao ouvir o termo identidade digital, é corriqueiro que as pessoas façam associação com o Documento Nacional de Identificação, também conhecido como DNI. Mas, apesar de soarem semelhantes, esses conceitos são distintos, já que o primeiro abrange as ações realizadas por um indivíduo na internet e o segundo não.
Então, o que é DNI? De forma direta, é um documento virtual que tem como objetivo compilar os principais registros dos brasileiros em um aplicativo de celular, visando facilitar o dia a dia dos cidadãos.
Essa iniciativa, criada pelo Governo Federal, funciona de modo bem simples: ao criar o DNI, a pessoa recebe um número de nove dígitos que, representando os outros documentos (CNH, CTPS, PIS, RG, CPF, Cartão Nacional de Saúde, tipo sanguíneo e outros), servirá também como forma de identificação em lugares específicos.
O DNI pode ser adquirido gratuitamente e já está sendo liberado aos poucos para a população. No entanto, a previsão de disponibilidade para todo o Brasil é em fevereiro de 2023.
Importância da preservação da identidade digital
Agora que apresentamos o que é DNI e como ele se difere do conceito principal deste artigo, é necessário destacarmos a importância da preservação da identidade digital, visto que qualquer atividade realizada na internet deixa resquícios e abre brechas para riscos.
De acordo com um levantamento recente feito pela Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, em 2021, o Brasil atingiu o segundo lugar entre os países que mais sofreram golpes virtuais na América Latina e Caribe, chegando a mais de 88,5 bilhões de tentativas de ataques.
É bem provável que os cibercriminosos tenham usado diferentes recursos para conquistar esses números — dentre eles, o vazamento de dados decorrido de práticas inadequadas de segurança ou ações acidentais pelo próprio usuário.
Em um vazamento de dados, o principal foco dos golpistas são as informações de identificação pessoal que, por conter números de documentos, cartões de crédito cadastrados, endereços e qualquer outro dado pessoal do indivíduo, podem facilitar um roubo de identidade ou uma fraude financeira.
Sabendo disso, é fundamental que nos atentemos à preservação da nossa identidade digital e dos nossos dados pessoais sensíveis. Afinal, em um mundo superconectado, a necessidade de proteger as contas em nossos dispositivos é ainda maior.
Para se aprofundar nas tantas possibilidades de golpes virtuais existentes na atualidade, não deixe de conferir o conteúdo: CPF vazado e as principais fraudes com dados pessoais.
Como proteger a identidade digital para evitar fraudes?
Levando em consideração a importância de preservar a identidade digital, listamos abaixo algumas práticas para prevenção de fraudes.
Cuidado com o compartilhamento de informações
Cada usuário é o próprio responsável por fornecer o conteúdo e as informações que criam a sua identidade no mundo virtual; por isso, aqueles que querem se proteger devem estar atentos ao compartilhamento de informações.
Faça o possível para não divulgar dados pessoais, como: localização, endereço, telefone, dados bancários, senhas, documentos e, até mesmo, detalhes da sua rotina e da sua família. Mas, se for preciso registrar essas informações, certifique-se de que a plataforma que você está acessando é confiável e respeita a privacidade dos usuários.
Use senhas complexas
Proteja as suas contas com senhas fortes e elaboradas. Use palavras-passe diferentes para cada acesso e, se possível, altere-as esporadicamente. Uma dica é utilizar uma senha longa e misturar letras, números e símbolos, até porque pouco adianta que o código seja complexo, mas curto demais.
Outra alternativa é recorrer ao Passwordless, uma tendência que tem o propósito de substituir o sistema tradicional de senhas por opções mais seguras, como a biometria e a verificação de duas etapas, por exemplo.
Confira também: Como funciona a autenticação por voz?
Cuidado com os links acessados
O uso de links falsos é uma tática bastante utilizada por cibercriminosos que desejam roubar dados na internet, por isso, o cuidado deve ser redobrado nesses momentos. Caso você receba algum link suspeito por e-mail, WhatsApp ou outro meio de comunicação, verifique a autenticidade do endereço antes de acessá-lo.
Veja algumas dicas de como fazer isso:
- Passe a seta do mouse por cima do link, sem clicar; assim, você conseguirá conferir o real destino;
- Leia o link com atenção, pois alguns golpistas podem alterar as letras por outras parecidas com a intenção de se passar por empresas sérias;
- Tenha ainda mais atenção caso a URL esteja encurtada.
Cuidado com Wi-Fi público
Algumas redes de Wi-Fi públicas solicitam informações pessoais para ter acesso. Porém, esse tipo de rede costuma não usar criptografia, ou seja, são desprotegidas e podem estar suscetíveis a interceptações e ataques cibernéticos.
Portanto, utilize o Wi-Fi público somente se tiver certeza de que a rede é confiável e navegue somente no que for indispensável — do contrário, você pode acabar “mordendo uma isca”.
Saiba mais: Como funciona a autenticação de voz em ambientes externos?
Identidade digital comprometida e fraudes nas empresas
Você já parou para pensar em como uma identidade digital comprometida impacta as empresas? O vazamento de informações pode também resultar em fraudes nas organizações e causar muitos danos, por isso, é importante investir em soluções robustas de proteção.
Nesse caso, é estritamente recomendado o uso de um sistema antifraude, que tem como objetivo fornecer um conjunto de soluções, ferramentas e aplicações focadas em reduzir ações e transações fraudulentas. Em resumo, podemos dizer que a plataforma vai atuar durante um processo de compra ou transação financeira, de modo a verificar se a pessoa que está realizando a ação é quem realmente diz ser.
Quer entender a fundo esse assunto e conhecer os 4 pilares da prevenção à fraude? Acesse o artigo “Sistema antifraude: o que é usado pelo mercado?” e aproveite a leitura.
Neste artigo, você aprendeu o que é identidade digital e qual a diferença desse conceito para o DNI, o Documento Nacional de Identificação, que funciona como um RG online. Além disso, entendeu com maior clareza que, pelos usuários serem facilmente identificados a partir das ações realizadas nas redes, é preciso ter bastante atenção e cuidado com a preservação dos dados compartilhados, de forma a evitar possíveis fraudes cibernéticas.
Se você achou este conteúdo interessante, leia também o artigo: Como prevenir fraudes em aplicativos financeiros usando a biometria de voz?
A seguir, você vai aprender sobre: