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Febraban: 5 tendências do setor financeiro apontadas pela Federação Brasileira de Bancos

Do DREX à certificação de segurança especial da Febraban, a Federação Brasileira de Bancos apontou quais são as tendências que o setor financeiro deve ficar atento para se atualizar e levar os melhores serviços aos clientes.

No dinâmico cenário do setor financeiro brasileiro, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) figura como uma voz muito importante, delineando os rumos da indústria bancária nacional. Para profissionais imersos nesse ambiente, antecipar-se às tendências é crucial para manter-se à frente da concorrência.

Mas quais são exatamente essas tendências atuais? O que gestores e suas equipes devem monitorar para garantir relevância e competitividade?

Confira aqui as maiores tendências para o setor financeiro de acordo com a Febraban.

Tendência 1: DREX – A Revolução Digital do Real

Sem rodeios, adentramos na primeira tendência: o DREX, a nova moeda digital concebida pelo Banco Central do Brasil. Anteriormente conhecida como Real Digital, esta moeda se apresenta como uma espécie de “Pix dos serviços financeiros”.

O Banco Central descreve o DREX como uma representação do Real em uma forma digitalizada. Esta solução opera em um ecossistema de registro distribuído, onde intermediários financeiros regulados convertem saldos de depósitos à vista e em moeda eletrônica em DREX, proporcionando acesso a uma gama de serviços financeiros inteligentes aos clientes.

Prevê-se que a população tenha acesso a essa moeda até o final de 2024, com o projeto-piloto já em andamento desde março deste ano.

Tendência 2: Cooperação Público-Privada na Prevenção de Fraudes e Segurança Cibernética

A segunda tendência foi amplamente discutida durante o 1º Congresso de Prevenção e Repressão a Fraudes, Segurança Cibernética e Bancária, promovido pela Febraban.

Destaca-se aqui a importância da cooperação entre setores público e privado na prevenção de fraudes e segurança cibernética, inspirada em modelos de trabalho adotados pelo NCFTA, nos Estados Unidos, e pela Polícia de Londres, na Inglaterra.

Esta colaboração é vital para a manutenção da segurança pública, demandando a integração de diversas fontes de dados de diferentes setores do mercado, como bancos, instituições de pagamento e telecomunicações. A Resolução Conjunta nº 6 emerge como uma ferramenta relevante nesse cenário, com expectativas de ampliação de escopo dos serviços e operações compartilhadas.

É importante ressaltar também a importância dos ACTs (Acordos de Cooperação Técnica), como um primeiro passo para empresas privadas fortalecerem essa cooperação de forma coordenada e eficaz.

Tendência 3: Banking of Things – A Convergência entre Bancos e Internet das Coisas (IoT)

A terceira tendência aborda o conceito de “Banking of Things” (Banco das Coisas), que possibilita soluções mais seguras e eficientes para pagamentos e transações financeiras, alavancando a Internet das Coisas e o 5G.

Ao transformar dispositivos conectados em agentes ativos nas transações financeiras, o setor bancário busca aprimorar sua eficiência operacional. Estima-se que a demanda por soluções 5G em diversas áreas possa gerar bilhões em receita até 2032, conforme o Ministério da Economia.

Essas projeções destacam o potencial de transformação e crescimento que a implantação dessas tecnologias pode proporcionar, impulsionando não apenas a produtividade, mas também a chamada sociedade 5.0 como um todo.

Tendência 4: Inteligência Artificial Reinventando o Setor Financeiro

A quarta tendência em nossa lista não poderia ser mais impactante: a ascensão da Inteligência Artificial (IA) no universo financeiro. Consultorias, empresas de tecnologia e departamentos de inovação bancária estão unidos em reconhecer que o desafio da IA está abrindo horizontes que já começam a ser explorados dentro e fora do Brasil, prometendo revolucionar a interação com os usuários.

De um lado, a IA está se expandindo no atendimento ao cliente, com chatbots e assistentes virtuais, presentes em contact centers e nas transações bancárias em diversos canais. Por outro lado, a tecnologia está avançando de maneira sem precedentes em áreas como backoffice, jurídica, recursos humanos, cadastro de contas e segurança digital, nas principais instituições financeiras do país.

De acordo com um estudo global conduzido pela empresa Salesforce, envolvendo 6,7 mil consumidores de 18 países, cerca de 80% dos clientes de empresas de diversos setores, incluindo o financeiro, afirmam que a experiência proporcionada ao cliente é tão crucial quanto os produtos e serviços oferecidos. Além disso, 56% dos entrevistados afirmam buscar constantemente comprar de empresas consideradas as mais inovadoras.

Quer um exemplo prático? A BIA do Bradesco, uma assistente virtual baseada em Inteligência Artificial, realiza interações com os clientes do banco através de canais como chat e WhatsApp. 

Enquanto isso, o Banco BMG utiliza o FraudShield, uma plataforma de prevenção a fraudes de identidade em múltiplos canais, também baseada em IA, que mapeia de forma abrangente as fraudes, utilizando dados cruzados, análise comportamental e biométrica inteligente.

Soluções como essa, oferecida pela Minds Digital, se integram facilmente ao seu CRM, gerando dados e insights em tempo real para decisões mais precisas.

Tendência 5: Certificação Antifraude pela FEBRABAN

Por fim, é válido ressaltar que a Febraban, por meio de seu Comitê Executivo de Prevenção a Fraudes, está lançando uma iniciativa pioneira: o ‘Selo de Prevenção a Fraudes’, que certificará bancos com políticas antifraude eficazes. Desde abril, uma consultoria contratada pela entidade está avaliando as práticas antifraude de um primeiro grupo de 25 bancos, públicos e privados, nacionais e estrangeiros.

Previsto para ser disponibilizado até, no máximo, agosto de 2024, o selo será exibido no aplicativo e no site da instituição participante, sinalizando que o banco adota boas práticas contra fraudes. Walter Tadeu, diretor-adjunto de operações da Febraban, afirma que outros bancos serão adicionados posteriormente, solidificando o compromisso do setor com a segurança e a confiabilidade dos serviços financeiros oferecidos.

Essas tendências, delineadas pela Febraban, são indicativos claros das direções que o setor financeiro está tomando, e estar atento a elas é crucial para se manter competitivo em um ambiente em constante evolução. Confira mais conteúdos aqui em nosso blog e nos nossos outros canais!

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